2024/09/16

Cruzei a esquina certa.

 Deixa-me de fora,

Escrever sozinho é melhor que uma brisa,...


Há um velhote que mo diz,

Enquanto tira um papel dobrado do bolso do casaco,

E confessa que conheceu Saramago,...


Contou-lhe a história de uma laje de pedra que flutuava,

E podia servir de degredo aos sem esperança,...


Cruzei a esquina certa para o encontrar,

Talvez seja mentira,

Mais uma antes de chegar a casa,

Sozinho e diferenciado,...


Deixa-me de fora,

Ao longe valho mais do que um pretérito perfeito,

Mal acabado 

                                                                                 Tirado daqui

(Panel of hell, Hieronymus Bosch, The Garden of Earthly Delights, c. 1480-1505)

2024/09/15

A troca de tiques

                                                                                  Tirado daqui

De: O Profissional (León) 1994

Troca-me o tique das pressões do dia,
o esfregar de um olho,
o bocejar de autómato sem desejo nem fé,….

a lei das frases feitas,
que grita aos sete sóis por
mais escuridão,
por uma noite vestida de sombras
de morcego,
e refregas com fantasmas,
os nossos e os dos outros,….

assim como quero a vontade,
ficar de dedos escorregadios no lambuzado
do sexo de circunstância,
também nos desejo como desejo,
e por isso não quero um tique,
este tique,
talvez outro,
mas não esta repetição pueril de medos
contidos


Até que a raiva o permita

 A mesa está cheia de folhas brancas,

Desusadas,...

Músicas que se amontoam,

Sem qualquer ordem especial,

E pensa-se,...


Pensamentos específicos,

Encorpados até como um bom vinho,...


É um homem velho o desafiado,

De vida já vivida,

E que se assusta com pouco,

Por isso deflagra o explosivo,....


Que mais não é do que dar uso às folhas brancas,

Da forma mais vingativa possível,

Até que a raiva o permita 

                                 Tirado daqui

2024/09/14

A saia que era da avó..

 O café não arrefece. A pequena colher já com laivos de ferrugem para um lado, para outro. A força da gravidade replicada. Ela enerva-se. São as horas que tiverem de ser. Não gosta de fazer esperar ninguém. Há uma nódoa na roupa. A saia que era da avó. Ela não iria gostar se ainda por cá andasse. Dão-lhe um bom dia inocente. Ela responde com um olhar altaneiro, e egoísta. A nódoa que não sai. Está atrasada. Há pessoas para encontrar, assuntos para resolver. Tempo para domar. Essa é a parte que menos gosta. Saber que vai perder mais adiante, tudo o que tiver ganho na força do momento. E a nódoa que não sai. Haverá pó de talco neste maldito sitio. Tem de deixar de aqui vir. Há mais cafés no mundo. As pessoas são feias, com um ar desesperado. Inquisidoras. Aleivosas mesmo. E a porcaria da nódoa que não atenua. Vai levantar-se. Há um tarado que olha para ela. Cabelo lambido, olhar perigoso. Despreza-o. Se pudesse veria-o a sofrer até que...
Levanta-se. Dois sacos numa mão. A mala com o computador no ombro esquerdo. Na rua chove. Vai ter de se molhar. O carro está longe. O cabelo precisa de humidade. E ela está atrasada.

                                                                       Tirado daqui
Talk to Me (2022) 
Reali: Danny Philippou & Michael Philippou

2024/09/13

Mas sabes?

 Olá,

Esta é a carta possivel de todos os impossiveis em que já pensei,

Desde que fizeste desse canto do mundo a tua beira mar,...


A minha escrita evoluiu,

Estou feliz,

Não chuto mais poemas para a frente,

Agora sou chutado,

Revirado, maltratado,

Como sempre achei que isto de juntar palavras deve ser,...


E tu,

Há verdade por onde andas?,

As pessoas juntam as palavras como recreio de criança,

Como eu cada vez mais acho que deve ser,

Ou nem sequer se distingue a luz da escuridão?,....


A desilusão já não mora comigo,

Ainda guardo o pedaço de papel ratado,

E pleno de desespero,

Que ficou de herança dos teus passos finais onde ainda estou,...


Mas sabes?,

Relevo tudo,

A vontade pesa mais que o ódio,...


E a minha escrita acompanha-me,

E ajuda que cada lei do tempo,

Me aqueça na tua ausência de frio construida

A Girl’s Own Story (1984) 
de: Jane Campion
                                                                              Tirado daqui

2024/09/12

...ninguém é mesmo ninguém

 Faz de conta que não estou aqui,

Que ninguém é mesmo ninguém,...


E de nós todos,

Os que somos chão em frase escura de ruína,

O melhor é o que acalenta uma pequena flor,

Um singelo ponto de beleza,....


O som que aumente,

Que venham gritos feitos de destino,

E fenómenos de amor repartido,...


Que façam sorrir as crianças,

Presas nas casas semi destruídas de um presente que não se toca


                                                                           Tirado daqui

Cinema Paradiso (1988)

2024/09/11

Uma mulher feia...

Sabes,

Dizem-me que os equivocos se rasgam em bocadinhos,

E há sempre sol quando a noite se encavalita mal nas escadas dos dias,...


E eu vejo sempre o surreal,

Cenários abstratos quando penso nisto,

E desta vez é uma mulher feia,...


Já me aconteceu serem cães bonitos,

Que desfilam sem qualquer ordem,

 Nas ruas da minha cidade

                                                                                     Tirado daqui

2024/09/10

Explico aos soluços

 Falta qualquer coisa ao ser que lamenta,

Uma precisa premissa,

Dois lamentos,

Um dia a começar persistente,...


Qualquer coisa,

Não sei descrever,

E o que mais voltar de um dia,

Dificil de entender,...


Explico aos soluços,

Isto que me intriga,

E são balanços de vida que,

Agora me assustam,...


E tornam a vida,

Se calhar dificil de recortar nos cantos,...


Mas coisas destas,

Não se podem sequer admitir 

                                                                                  Tirado daqui

2024/09/09

Alguém confiável..

 Ela era daquelas pessoas para quem valia a pena olhar. Aterrorizava-a perceber isso. Achava que tinha um caminho próprio para seguir, e isso era suficiente para que fosse incapaz de desbravar percursos novos, e sequer de ter a iniciativa para abordar as pessoas quando delas precisava. Escondia-se detrás de um cabelo sedoso, castanho amendoado, que a envolvia a cada passo que tinha a coragem de dar. O corpo, era ocultado por roupas largas, de cores discretas. Tudo menos revelar as formas insinuantes e femininas que sabia ter, mas que se esforçava, de uma forma atroz, por esconder na rotina que a assustava. Conseguia encetar conversas que interessavam. Queria ser alguém, no topo de uma escada que ainda nem sequer sabia onde ficava. Alguém confiável, disponível ao diálogo, compassiva com todos que disso precisassem. Em suma, uma mulher que deixasse marcas por onde passasse. Mas sempre com uma condição. Nunca ser vista como um pedaço de carne, com utilidades, concretas ou dúbias, que a deixassem enojada. E todos os dias anotava mentalmente as formas de evitar que isso acontecesse...

                                                                               Tirado daqui

2024/09/08

As gaivotas do fado

 É minha a tortura,

Explico-a em poucas palavras,...


Há um passeio à beira tejo,

A avidez sádica da plebe rodeia os restos de um que desistiu de viver,...


Sigo com o arrulhar do rio,

As gaivotas do fado já se envelhecem a si próprias,...


Um cheiro a envelhecer acompanha-me,

Enquanto me assegura ser a sombra que me falta,.. 


Páro para pensar em tudo e em nada,

Enquanto o anoitecer caminha para mim,

Como a ameaça que sempre foi,...


Não me sinto Pessoa,

Até porque não me acho dono,

De nada disto 

                                                                              Tirado daqui

de: Tatyana Alanis

2024/09/07

...suspiro de Benjamin Button

 Fechado numa estrutura decrépita,

Medida em altura e em profundidade de almas,...


Os braços rasgam-se,

A forma desprivilegia-se em relação ao conteúdo,...


Há sonhos materializados no chão,

Rasgados a apodrecer,

E que envelhecem num suspiro de benjamin button,...


Não temo por mim próprio,

Às vezes a frivolidade conta tanto,

Em cenários de ruína e morte,

Como a vontade de elevação aos céus 

                                                                        Tirado daqui
Filme: Carta de um cineasta para a sua filha, 2002
Eric Pauwels

2024/09/06

Nas nossas mãos

 Na verdade só bastou perguntar por ti à razão,

Ao sol que todos os dias me acompanha,

E soube que já não pertencias ao amor,...


Eras agora da água,

Das gotas que vivem nos vidros da casa que foi nossa,.. 


No meu corpo quando me benzo todas as manhãs,

És o elemento mais puro da natureza,...


E há fantasmas que me confortam com isso,

Explicam que o inevitável surge de debaixo do chão,

E por isso,

Conformar é o verbo certo,.. 


E escrever o bálsamo que pesa,

Nas nossas mãos como a loucura,

Da qual fugimos

                                                                                Tirado daqui

2024/09/05

O templo dos dias

 O templo dos dias manda 

dizer que estás desculpado,

Sem certezas,

Mas sim,

Podes prosseguir com uma rotina diminuta,

Inconcebível,

Que te esgota como ser humano,...


Porque lá ao fundo está a virtude,

Aquilo que repetes vezes e vezes,

Até o ar te reentrar nos pulmões,...


O templo dos dias está zangado,

Mas condescende,...


Não sei por mais 

quanto tempo

                                                                                            Tirado daqui

2024/09/04

A fraqueza não era cenário

 Ela teria de ser um expoente de resistência,

Não chorar,

Sentar-se debaixo da árvore que evitava,...


Por ser o pedaço de inferno de dante que a acompanhava,

Desde o momento em que o viu baixar os olhos e partir,

Sem que o retorno fosse hipótese,...


A fraqueza não era cenário,

Já que o novo dia estava a nascer,

E ela esperava ser uma pessoa diferente,.. 


Um minuto para o despertador tocar,

E sim,

Resistir até que a felicidade chegue,

Com o saco de pão da manhã nas mãos,...


Fosse como fosse,

Mas que ele voltasse

                                                                         Tirado daqui

2024/09/03

Mãos azuladas

 Tanto tempo sem poesia. As mãos, sentia-as azuladas, deformadas. Percebia isso, olhando constantemente para elas, enquanto as esgrimia no ar sem direção definida. Apenas pelo desespero de o fazer. Continuar sem criatividade, sem o amparo de versos que brotavam como água de fontes ainda não imaginadas. Pensou em portas por abrir. Janelas encravadas em casas de onde se quer fugir por desespero. Pensou nos afagos e carinhos dos familiares que partiram, e dos quais sentia tanta falta como o ar. Talvez se reclamasse de volta a criatividade, o sentir portentoso que sempre tinha sido desfiar o novelo de estar sozinha a escrever, enquanto o mundo lá fora gritava o que quer que fosse, a tranquilidade voltasse. As noites bem dormidas. Os sonhos de princesas e príncipes que a acompanhavam, diligentes, desde menina. Sentia-os como proteção. Mas naquele momento isso não interessava. Queria de volta a revelação de escrever, desenhar circulos na areia da beira mar, com poemas e mais poemas de roupas alegres e primaveris. Não sabia como os conseguir de volta...

                                                                           Tirado daqui

2024/09/02

...o seu lugar era como fumador

 Habituara-se a esperar,

Desesperar,

A quantidade de lamentos contidos numa viagem de transporte,...


Em cada manhã,

Deixava-o indolente em vez de apreensivo,...


E o seu lugar era como fumador,

Um lento suicidio que parecia,

Compensar a necrose de um cérebro,

Que outrora o tinha orgulhado, ...


Mas sim agora tinha escolhido,

Apenas e só receber estimulos sensoriais,

Do café quente de todas as manhãs nas mãos descoloradas,...


Nada mais que isso,

Para um anónimo profissional e resoluto 

                                                                           Tirado daqui

2024/09/01

Setembrando a 4 de Maio


                                                                          Tirado daqui

Os suspiros,
Tudo arquivado toscamente em,
Bolsas de carne,
Com lacre de sangue,...

Sentimentos brutais porque,
A vida pesa mais que chuva ácida,
Capaz de nos arrancar a pele e,
Ao mesmo tempo dançar pela rampa abaixo connosco,.. 

Até haver um precipício que faça o favor,
De nos engolir para sempre,...

Sou só mais um,
Não entendes?,
Uma interrogação descolorida de propósito,
Que reluz pela noite fora,
Sou só mais um,...


As respostas não moram em mim,...

Beijemo-nos pois para mais perguntas,
Daquelas de beira de estrada,
Em dia de chuva profusa,
As nossas mesmo 

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