O tempo que a gente conhece, está enfiado num frasco de pickles. De repente aquele mês de todos os amores, seja ele qual for, com que vento esquisito nos deixe memórias, está em conserva diante dos nossos olhos. A marinar, como que falasse connosco e dissesse que é intocável até ele querer, e se calhar as nossas prioridades se invertam do simples materialismo, para as coisas do imediato. Sim, iremos um dia tirá-lo lá de dentro, renovado, com um sabor de terra esquecida no interior onde só vivem pessoas felizes e dignas de um olhar que demore dez voltas inteiras ao relógio. E quando o tirarmos daquele marasmo em que por enquanto se encontra, tudo será mais real. A comida vai saber a prados que verdejam, a água a chuva em céu sem mácula de maldade humana. Os beijos serão beijos, capazes de dourar a pele como se lá fora fosse um sol de final de tarde em concordância. Defendo pois que o tempo prossiga onde está. Talvez redija um ou dois poemas de caminho enquanto espero. Chamo a poesia que felicita os autores desta forma. Tem resultado, até que o acaso me faça descobrir outra.
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Bacana, gostei muito do texto.
ResponderEliminarObrigado Eduardo
EliminarGosto das conservas em vinagre _ os picles
ResponderEliminarSe deixá-los a marinar. Tipo o pôr-do-sol que nos deixa esperar
pelo fim do dia ...uma prosa que me fez pensar. Miguel.
Ainda bem que fez pensar 🙂
EliminarMe gusto el relato. Te mando un beso.
ResponderEliminarUn beso tanbien
EliminarI really loved this one. A great story of life too and how we ferment it along the way of what we keep. Wonderful enlightment.
ResponderEliminarThanks
Eliminar🙂
Wonderful images. And the wonder of the pickle jar. Thinking back how it was needed for those treasures of summer. Thanks so much for this post.
ResponderEliminarThank u for the coment
EliminarBela poesia. Gostei bastante.
ResponderEliminarBoa semana!
O JOVEM JORNALISTA está no ar cheio de posts novos e novidades! Não deixe de conferir!
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Até mais, Emerson Garcia
Obrigado emerson
EliminarAbraço