2011/04/22

Cerveja


É pah,
isto fazia-o lembrar qualquer coisa,
quando a chuva nunca
caía duas vezes no mesmo sítio,
e as pessoas preocupavam-se mesmo
quando diziam preocupar-se com a preocupação das outras,
o castanho da fotografia dos velhotes despertou-o naquela tarde efusiva que parecia não ter fim,
sentou-se à mesa,
abriu uma lata de cerveja,
e arrotou,
tinha ficado como o passado que o ensinara a socorrer-se destas pequenas coisas para não achar a vida totalmente vazia....

2011/04/21

Texto #92

Quem quiser que a vida conforme a pensou seja fácil, que a desenhe. Não somos repositórios de momentos apenas sentidos. Fazemo-lo com a serenidade que o pensamento nos dá. Ao repetir inspirações, desilusões, segundos desfiados em tantas coisas e pormenores de somenos que se tornam séculos difíceis de passar e descrever. Talvez com rabiscos tremidos. Semi-círculos de luz aconchegados pela insegurança tremeluzente de uma divisão de subúrbio inundada apenas por um fio de luz artificial vindo não se sabe muito bem de onde. É isso. Sou apologista de desenharmos o que nos dá vontade de chorar. A solidão que quase já se despenhou dentro um peito cansado de respirar. E os dias que não passam até chegarmos perto dos que nos amam. Com tudo isto podemos mal. Sem nada disto, acho que nem escrever estas coisas sem sentido poderíamos. Ao perdoarem-me o que acabei de descrever, que o façam por um motivo. Haverão de cá estar amanhã para repensar toda a forma como já erraram, e não o souberam admitir.....

Duplicação (em destaque)

2011/04/20

Troikar




das vezes em que aquela
vez fomos nós,
dizia o povo,
sujámos com inexperiência o chão da mudança,...


diziam-nos calma aos
impulsivos,
que o mundo muda por
mudar,
mas também muda quando não se quer que nada mude,..


ou seja que lutar é sempre válido para não dizer que é inútil,...


por isso no silêncio
de pedras cintilantes,
é a manifestarmo-nos
contra o engulimento do
bom senso que nos sentimos bem....

2011/04/19

(Em) destaque



olha somos nós os infelizes,
as pessoas sem pernas,
sem braços,
com poucos neurónios,
os tapetes-humanos que se fortalecem com
espirros de merda,
os desatinados com o pouco tino que resta
da falta de esperança em libertarmo-nos de
continuar a parecer
credível quando
se pensa em semi-círculos desta forma,
que se perdoe aos
que não pensam,
pois deles nunca
o reino dos céus poderá
pensar em vir a ser,
somos nós os infelizes,
a situação menos
imprecisa de tudo
quanto falta dizer para
que nada disto faça sentido......

2011/04/12

Suor



Simples, sim, vitória de novo, pago com choro, malentendidas as coisas que assim se desfazem, pratos de sopa rotos, meninos que desenham mortes, não, nunca, efemeramente duas coisas assim a perderem incomensuráveis doses de ar.

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