2008/02/29

Acaso suicida


De milhões de arco-iris desfeitos,
Prendeu-se o acaso suicida,
A sorrir para o lamento,
A sorver o sorriso,
E a dançar comigo,…

Felizarda utopia,
A nascer em remanssos,
Na bruma da auto-alienação,…

Agora, é o nada doce,
O faz de conta salgado,
A função mínima do ser obscuro,…

Escreve,
Arrota letras,
Vive dejecto.
Resta-te o possível,
Feito aparição…

2008/02/27

A ti...

A nossa imagem gravita,
Por entre as paredes de um quarto concêntrico,
Genial,
Amadurecendo,
com a graciosidade de um amor afiançado....

Suor de confiança,
Tapar membros,
Jovens para sempre,
E a certeza de quedar quietos,...
O teu sorriso
Como o conheci distante,
Um olhar presente,
em passado,
Imaginei um pôr-do-sol,
Abraçado ao que tinha,....
O futuro foi o ler,
A missa da tua brisa,
E o mundo a girar,
À procura de redenção,...
Já somos o que quisémos,
Para ser o que queremos ser,
Falta inventar a rotina,
De um movimento de estações,...

O segundo
que me deste,
Fi-lo século infindável,
De uma vida milenar,...
Fala,
Sente,
Arredonda-me em ti,
Já me tens....

Almocreve

Escarrou um perceve,
A garganta suja do Almocreve,
Parido por uma mãe tinhosa,
De passagem pela Carpalhosa...

Recheado de pães mornos,
Aquecidos em velhos fornos,
Tresmalhava o avental,
Da moura quase intelectual...

Malvado a níveis técnicos,
Almocreve dos 'quês' hipotéticos,
Desgraçou a menina assoberbada,
Que almoçava quilos de rabada...

E o fim do mouro malandro,
Esvaiu-se em lamentos num calhandro,
Que o progenitor da petiz desonrada,
Assoberbou na criatura aluada...

2008/02/26

...(quase) que um bom texto...

A desfaçatez de um beijo gela as almas invioladas. No lago dos porquês insondáveis, cai a pique o meteoro das emoções revolucionárias.
O será timido, aliado ao poderia ser descarado, descamba no foi pouco doentio. O vento antártico da incerteza abraça dois corpos, que recalcam hipóteses esfumadas.

2008/02/25

Desenho


A chuva caía incessantemente, desenhando círculos concêntricos na calçada de granito. O petróleo nos lampiões teimava em arder, dando uma luz baça à rua dos sonhos perdidos. A maledicência humana feita gente tombou, nua, no frio da madrugada outonal. Um buraco no céu cor de chumbo abriu-se, e direccionou-a para onde sempre quis estar.
Entre o previsível anoitecer das almas conformadas.
Ao erguer-se, deixou transparecer uma inapta e longa cabeleira ruiva, que assentava irregularmente em ombros magros e fracos. Limpou a poeira da solidão que lhe cobria os olhos, e rodou o pescoço até onde a anatomia o permitiu. Era um espaço deserto o que se preparava para conquistar.
O vento trombetava o hino da vitória, e as luzes trémulas da parca iluminação pública deram-lhe o embalo que precisou para a procura da capitulação.
Ao primeiro passo confiante, seguiu-se um segundo desconfiado. A terceira etapa da rota do sucesso, foi ferida com a machadada da incerteza.
Um corpo desceu de uma escadaria íngreme e derrotada da batalha com o tempo.
Abstraído de vestes, soluçava rezas incompreensíveis que ganhavam estridência, compassadas com o ritmo da chuva que caía, decidida a empalidecer o céu de chumbo.
"Chamo-me vida, e derrotei a minha própria essência nesta rua de sonhos perdidos"
Feminina por aproximação, desapareceu em vãos passos de medo. O caminho ficou aberto, e alguém desenhou o armísticio do rápido impulso bélico que mudou o destino do mundo.
Acho que já me posso apresentar. Alguém escreveu a palavra cobardia no documento que atestou o meu nascimento, e é meu o desenho que apreciam. Estive lá naquela noite de armagedão silencioso, e sobrevivi para contar que o homem não é quem diz ser. Julguem-no antes por aquilo que conseguem ler nas suas costas.

Trova de esquecer...


Poema de destruir,
Cavar a ribeira que tine,
Com a ovelha que morre a balir,...

Verso de arrasar,
Melancolia da tristeza enxovalhada,
Do agarrado mesmo a flipar,...

Trova de esquecer,
O vento lava a remela,
E o coração teima em bater,...

Sentimento a chorar,
Renego o inevitável lamecha,
Para a vida ainda agarrar,....

'Biloxi'


O senhor Vandendruizen faleceu. O último resquício de vapor de água na parte interna da câmara criogénica prova como se elevou aos céus em paz. A família tudo fez para o preservar, mas 122 anos e uma gripe venusiana acabaram por vencê-lo. Aliás, acredita-se que com menos de uma semana de Inverno, a colónia ‘Biloxi’ conte já com alguns óbitos.
É o que se depreende da regularidade com que carretas funerárias saem do ‘heliporto’ da base. O cemitério da colónia foi recentemente instalado num pequeno asteróide, a meio-dia de viagem do solo do planeta Mercúrio. Mas neste momento isso é o que menos preocupa a família do senhor Vandendruizen. Arranjar lugar na próxima carreta funerária implica que, com a maior celeridade possível, se trate da requisição de 10 licenças de transporte, uma para cada familiar que pretende prestar uma última homenagem ao defunto.
Além do pagamento de uma importante soma em dinheiro, conseguir o documento implica que cada pessoa abdique de um dedo da mão direita, que reverte a favor da administração civil da base. Trata-se de um imperativo legal, já que a crescente entrada de colonos, obriga a uma reformulação dos procedimentos de contagem da população, e à consequente adopção de novas medidas de identificação.
Fala-se que, a qualquer momento, a presidência da base poderá publicar, em ordem de serviço, um outro imperativo que começa já a preocupar os chefes de família. O Grande Líder está perto de completar o seu primeiro centenário de vida, e o núcleo de gerontologia da colónia tornou já público que a libido de um homem que entra na terceira idade acelera descompassadamente. Ainda não é certo, mas todas as descendentes de um falecido, poderão ter que passar uma semana no quarto do Grande Líder, antes que sua excelência assine a necessária autorização para a inumação do cadáver.
As organizações feministas da colónia, estrategicamente, optam pelo silêncio quando confrontadas pelo único jornal que se publica em ‘Biloxi’. Asseguram estar a ponderar uma resposta, adequada ao intensificar da libertação da mulher no século XXIV.
P.S.: Texto que escrevi para participar num concurso do site http//www.escreva.com, do qual tomei a liberdade de usar a imagem introdutória para ilustração....:-)

2008/02/21

A pensar...

O tempo entretanto passou tartarugamente devagar, e eu sinto-me velho. Não foi há tantas luas monótonas o episódio que recordo, por isso devo continuar vetusto. E o jovem, eléctrico.
Guardei-o na minha memória porque espero a qualquer momento morrer. O meu dia, é igual à minha noite. A minha madrugada, passo-a aos pés de um ser de luz, que me dá palmadinhas na costas. Tranquilo, estou. Amedrontado, é estado de somenos para definir como me sinto.
Só que adiante. Auto-propostas são basicamente o que ainda impede que os retalhos de mim se fundam com os torrões do inadiável. Peguei numa pena, para transpirar o percurso de um fumegante pedaço de indecisão. O jovem desta ideia sôfrega fui eu, e já não o sou mais.
Dessa criatura que balanceava pelos intervalos de espaços atravancados, que olhava no branco do olho da morte, e saltava com um sorriso,....já nada resta. Sentia-me bem, a cada segundo que passava, aconchegado por um casaco amarelecido, sem medo de mostrar aos violadores de uma integridade jovial que aqueles pedaços de trapo, cosidos a medo com largos cordões de um quase nylon eram, a toda à prova, velhos. Assentavam bem naquela criatura de ímpetos por refrear em que me transformei, depois de tomar consciência da finitude da vida.

Sem título (36)

Bolsa de baba.
Pessoa a enrolar,
Comiseração em bisnaga...

O Arcada a abater,
O cálice a chocalhar,
No colete a feder,

Vejo-te amargo, Fernando,
Cruza as pálpebras escaldantes,
E eu aqui acalentando...

Pessoa na falsa mensagem,
Fundaste um sentir,
E a palavra que dá fogagem..

2008/02/20

Centésimo post do Inatingivel....

Photo Sharing
....dedicado ao passado e futuro de Cuba.


Diário dos porquês contraditórios


Abandona-te ao desejo. É simples. Aperta o coração entre as tenazes de uma alma forte e persistente. Só se conseguires dominar-te a ti mesmo, conseguirás abarcar a essência da vida. Podes resistir. Mas não passes os limites do razoável. A força de um ser humano esclarecido, far-te-á manter nos carris de uma existência saudável.
Eu descrevi a minha experiência no pergaminho dourado dos seres vulgares. A viagem começou por caminhos solitários. O meu transporte era um simples corcel. Conheci pessoas, visitei lugares, mas nunca alcancei a felicidade. No entanto, ganhei a noção de que a vida nunca pode ser um dado de faces rasas.
Deixa sempre pelo menos uma margem irregular. A tropeçar nas irregularidades do caminho, sobes no termómetro do razoável. Enriqueci, fiquei mais duro. Subi pela primeira vez à quadriga da maturidade. Senti-me bem. Quem interessa, surge sempre neste momento. Conheci o dono da caridade e da benevolência. É um ancião decidido, de peito cheio, e que não deixa para trás nenhum assunto por resolver. Ensinou-me a respeitar o próximo, mas tendo em conta a sempre necessária margem de interesse próprio. Achei-o, não obstante, pouco preciso nas considerações que tecia.
Perguntou-me se eu tinha planos para deixar a minha marca no mundo. Preferi não ser directo na resposta. Comprometi-me apenas a não desiludir os fantasmas que dormem comigo todas as noites. Aprendi, desde que me conheço, a partilhar a minha cama com os guardiões da pequenez de espírito. Conciliei-me com duas criaturas que não incomodam, e primam pelo completo desalinho com o que é conveniente.Quando parecia querer alcançar alguma mestria a manejar as rédeas da quadriga, o tempo mandou-me parar. Ordenou-me que descesse porque a velocidade me estava a fazer mal.
Conheci formalmente a mulher que dorme comigo nos dias que correm. Prefiro não saber o nome dela. É melhor assim. Interiormente sinto-me bem na sua companhia. Dá-me tranquilidade, e parece conhecer os pequenos pormenores do enigmático puzzle da felicidade. Mas o desejo. Eu sei descrevê-lo, consigo recomendá-lo a quem eu escolho. Só que me falta qualquer coisa. Talvez se acabar a página do diário da solidão que me entretém há tanto tempo, me possa aproximar desse desígnio.

2008/02/17

Pintar o abandono

Pintar os teus medos é difícil,
Quadro de abstracção declarado,
Durmo na dilaceração da paleta,
E acordo a nadar em cores de morte,
Se quiseres mato o teu espanto,
E transformo-o em solo na minha tela,
Em troca, peço-te encarecidamente,...
...,única e exclusivamente,...
Não me abandones, por favor!!!

...mulher desbravada



...ainda sobre a mulher desbravada. Pôs ponto final no anseio de chegar ao Nirvana do possível e,...caminha. Sim, isso mesmo. Caminha o trilho de um lago conspurcado.
É um curso de água cinzento, que se auto-polvilhou com pedaços rasteiros de almas assassinadas. Passo após passo, indecisão atrás de sentimento, e o amor por este espaço cresce. A mulher desbravada não almeja mais nada que não o suave embalo de vozes metálicas.
Sussurros imperceptíveis, mas ao mesmo tempo estridentes. Retalhos de vidas que tombaram no abrupto, e há milhões de nanosegundos que lutam por uma evasão heróica.
....mais uma vez sobre o que move o ser que se rendeu à solidão autoimposta. Quem balança a pena, e fecha os olhos para ouvir a banda sonora da mulher desbravada, teme só conseguir visualizar o fim. Sentada num aglomerado de estacas milenares, a mulher desbravada pede o inevitável. Sossego, e um copo de ruminâncias de silêncio. Só vozes metálicas nadam em seu redor, procurando segurá-la ao vento que passa....

Barriga

Visual Poetry - ImageChef.com

2008/02/16

Vida

Caí da mais vetusta noite que o eterno criou.
Sem saber quando o sol se pôs,
tombei num reflexo de luar...

...e o nada absorveu-me,...

O abrupto retalhou-me a alma.
Senti-a decompor-se
em pequenos pedaços
de incongruência...

...,que no meio do etéreo
se uniram numa selvagem
demonstração de poder...

A despedida de um cativeiro de séculos,
deixou o meu ser mais leve.
Fiquei sem âmago,...

...que voou livre para
a aparente libertação eterna....

Restolho a queimar
banha o que ficou....

Abruptamente,
hei-de vaporizar
as nuvens que me odeiam...

2008/02/15

Sem título (37)

Na casa nebulosa de Romarigães,
Um Aquilino diarreico botou franquia,
Em cima do desnorte de um povo refilão...

O cachopo uiva à fome reincidente,
A merceeira responde alfaces ao azar,
E Aquilino toma notas à tripa forra...

Sonho maior do juiz adúltero,
Encaixar o fariseu desencantado,
No puzzle acalentador de misericórdia..

O pano cai no conspirador Aquilino,
Se el-rei suíno tem chumbo de escritor,

As nossas consciências dormem em paz...

Só sou vulgar...

O soluçante ébrio da caixa ressonante,...
..., ama a flatulenta beata emudecida,...
..., Que despreza o tique-taque da homilia,...
..., do sacerdote requentado de sentimentos,...
..., na Santa Casa das putas cautelosas,...
..., que brocham por tuta e meia adulterada,...
..., e se fartam da indecisão das reticências,...
..., que lhes tira o níquel desejado,...
..., do bolso de sonhos a preto-e-branco,...

Ponto final na divergência criativa,...
..., só sou vulgar e nem penso...

2008/02/14

Sem título (38)

A noite desfez-se em amenidades,
Quando o dia lhe roçou a honra,
Avançando para um bálsamo de afectos...

Jurou fervências por apetecimento,
Enlameou o sol que anelava o dia,
E afagou os cabelos louros do entardecer...

Ao menos que diletantes galanteios,
Ajudassem a baixar a frieza de um anátema,
Feito mestre da sedução ligeira...

Resumido o enamoramento da existência,
Está solto o armagedão da animalidade humana,

Que se abriguem os descontentes da rotina assassina....

2008/02/13

Sem título (39)

Lua, rameira de calos nas mãos,
É a sindicalizar o frio de um bafo ordinário,
Que eu te vejo a girar a mala...

Ficas tão absorta na escuridão cónica,
E tratas por tu o mijo recozido do gato,
À espera de um ‘miau’ de barba por fazer...

Alarve, a brisa que te aquece,
Pede o impossível,
Em troca, sorris só o remanescente...

Fechas pálpebras de dor fosca,
Com a incerteza de um amanhã frio,
A acalentar frivolidades vulgares...

2008/02/12

Sem título (40)

Uma pedra tem faces,
O coração morre à sombra da lama,
E o homem caminha na novena do infame....
Sou o reflexo de uma peça de ouro pardo,
Lapidado pelo velho da inveja,
Na infâmia de fazer mal...
Parti a espinha à coragem,
Bastou enrolar o que quis dizer,
Em papel diáfano de mentira...
Vi o futuro em chamas de arrojo,
Coei o sumo de um passado podre,
Tudo por um presente de pedras...

2008/02/08

Sem título (41)


'Petit' e andrajoso,
Voa no funil, se te deixarem,
Moscardo acetilenado, és mau...
Gostas de pisar, chutar,
É ver as patitas imundas,
Caso não tenhas cortado as unhas....
Aqui me tens,
Palmadinhas em série,
Até o boy te saltar em esguicho...
Chamas-te, no fundo e em suma,
Bicho político....

2008/02/07

O ASSUSTADOR webmaster do escritartes.com




Leis?‏
From:
-----@escritartes.com
Sent: Wednesday, February 06, 2008 11:29:02 PM
To: miguelcurado@hotmail.com

Ora então, aqui fala-se muito de leis para aqui, leis para ali, mas afinalqual é o decreto de lei que me escapou?Já agora, importa-se de mencionar qual o decreto, número e artigos paraque melhor possa consultar os meus apontamentos?E para que fique registado, o código penal nada tem a publicação de umendereço. Mas enfim, aguardo pelos artigos a que se refere.Continuo à espera dos artigos do código penal. Só não consegui entender foi uma coisa do que diz, afinal o que é que ocódigo penal tem a ver com internet? Agradeço é que não continue a abandalhar sites (como já é seu costume -ouvi dizer) especialmente sites que não estão directamente relacionadoscom o escritartes. Quer ir em frente com um processo judicial? Com base em quê? Imagens decalunia sobre entidades publicas? Força, vamos em frente terei todo ogosto em enviar um relatório detalhado daquilo que publicou. Não esqueça que o email de abuso já foi enviado ao seu ISP com as imagenspublicadas por si com o uso do ip que diz ser ilegal banir. Passar bem.

Ps. O jornal onde trabalha ira ser avisado das suas publicações e actos reprováveis logo que obtenha uma resposta por parte do ISP que este use.

--------------------------------------------------------------------------

Bom dia. Não, não acabou de entrar na quinta dimensão. Trata-se de mais um capítulo na aparentemente interminável saga do webmaster do escritartes.com em direcção à beatificação. E, face à santidade do momento, resolvi partilhá-lo com todos os meus 'escassos' leitores. O fino recorte literário, de um texto 'caninamente' agressivo, faz despertar no mais modesto dos leitores a pergunta inevitável:

Servirá isto para (tentar) meter medo a alguém?

Pois, a mim parece-me que a tentativa existe. Senão vejamos. Trata-se de um ser que se esconde atrás de um anonimato, para vociferar ameaças muito concretas contra um utilizador que não conhece de lado nenhum. Crime do utilizador em causa, que na circunstância sou eu? Ora bem, apenas encetou uma discussão sobre futebol com um outro utilizador do mesmo fórum, a quem nunca insultou e, para o efeito, recorreu a uma potencialidade oferecida pelo fórum. Colocar imagens a acompanhar os textos que assume, sem qualquer problema. Imagens essas que não são da sua autoria, não insultam ninguém, e exprimem até a opinião da maior parte dos portugueses sobre um homem, líder de um outro grupo de homens, cujas acções 'menos claras' estão de momento em fase de instrução pelo Ministério Público da Comarca de Gondomar.

O utilizador, na circunstância eu, admite que pode ter pisado ao de leve a linha da decência, ao utilizar uma imagem em que aparecem duas mulheres em fato de banho ousado. Mas, uma questão ao webmaster do escritartes.com: vivemos nós no século XXI, na Europa Ocidental, ou Ossama Bin Laden e o fundamentalismo islâmico tomaram conta do mundo, e ninguém deu por nada?

Ficando a questão colocada, aqui ficam os meus sinceros cumprimentos ao webmaster do escritartes.com, e sua fiel 'sidekick', Goreti Dias.

Assinado: Miguel Curado (utilizador 'Rodinhas', expulso democraticamente do fórum escritartes.com)

P.S: Senhor webmaster do escritartes.com. Já lá diz o povo, amor com amor se paga. E novos episódios que sustentam esta tese com certeza virão.



Sem título (42)


Respira insultos,
Mulher dos campos de trigo...

Chovem moléstias,
no teu lenço de cambraia,
E tu olhas em frente...

Miras só o que pode ser,
Ceifeira da míngua de pão...

Tens filhos atarrachados à cama,
Marido na espiral do copo de trés...

Respira insultos,
Mulher 'amacacada'...

À noite acredita na escova,
Porque eu acredito em amanhãs,
que nunca cantaram...

2008/02/06

Felicidades....


....na vossa tarefa de promover a democracia e a liberdade de expressão. Aliás, considero a vossa obra tão válida, que fiz questão de, nesta minúscula tribuna pública, dissertar sobre a minha opinião em relação ao webmaster deste fórum. Seja lá o senhor quem for, deixe-me parabenizá-lo pela 'Espinha' de líder que tem. Ceder assim às pressões de quem se sentiu ofendido por comentários incisivos, e longe de serem insultuosos, só demonstra a qualidade de pessoa que o senhor, ou senhores, ou senhora, ou senhoras, ou 'swing club' que gere essa xafarica.
Resumindo. Toda a felicidade nesse espaçozinho de realidade alternativa, em que só as florzinhas e as imagens de um mundo irreal parecem ser bem vindas.
VIVA O ESCRITARTES!!!! MIL VIVAS, DAQUELES QUE SE DÃO SENTADO NUMA SANITA, DEPOIS DE COMER UMA BELA FEIJOADA À TRANSMONTANA!!!
P.S.:A tribuna é modesta, mas no caso de aqui virem desaguar, RUA!!!. Não quero cá gente da vossa laia.....

2008/02/03

Sem título (43)

Pica o nariz ao diabo,
Ai que o fogo solta em repuxo,
E cega-te o olho da consciência,
Ficarás imune à latência,
Incapaz do laquejar da inveja,
Mas mesmo assim, pica-o,
A carne viva do conspícuo,
Merece um esforço desesperado,
Retalha o monte de vénus da maldade,
Comi a lesma que voou do teu crime,
E hoje sou uma pior pessoa,
Às vezes...

Villi e Mary Kay...

Professora, fazes as vezes de teacher,
Prezas longos cabelos de ouro,
O aluno lançou-te olhar de ‘freezer’,
E disse: ‘teacher, i´m a toro’...
América viu-te nascer,
E massacrou-te no ecrã da televisão,
O que eles não sabem é que para querer,
Basta fingir anos de desilusão...
“Your honor, i´m inocent”,
O mundo chorou com o mar de lágrimas,
Mas levaste foi com o batente,
Da cela onde não cabem Fátimas...
Anos depois veio a liberdade,
Saíste afogada em saudades,
O jovem estava com vontade,
E o teu ventre rogou de novo piedades....
O frio da cela sentiste de novo,
O teu Villi como único consolo,
Já com a barriga cheia como um ovo,
Gritaste: “Mary Kay, não tiveste dolo”

2008/02/02

Sem título (44)

Nunca soube escrever,
Rasante à medíocre animalidade,
Feita vontade de brilhar fora de tempo,
Amasso o que almejo com fulgor,
Mas o fermento, a massa do Olimpo,
Esvai-se em pus pelo canal do 'quase',
Haja quem me guie a mão,
E me faça voar nos alíseos da epopeia,
Sinto a cutis a desabrochar camoniana,
O olhar do Elmano vidrado em cristal,
E a eminente certeza de um brilhantismo de fulgor,
Mas,...
Continuo sem saber escrever,
Resta-me a mosca que voa em elipse,
No fulgor de uma morte anunciada...

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