2023/10/01

Outubrando a 10 de maio

 


Apenas uma última vez,

Eu de coração aberto,

Expondo-me à dor e ao desenrolar inopinado das ondas,

Enquanto caminho sem destino pela praia do fim do mundo,...


E dói-me,

Como a outros já doeu a vontade de se sobreporem ao tempo,

Confirmando-o como a arte mais bonita tirando todas as outras,...


Dói-me sem que me importe muito,

Sinto o corpo,

A cair para o amanhã,

Decomposto e frágil 

6 comentários:

  1. Profundo y triste poema. Te mando un beso.

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  2. Bom dia, Miguel!

    O início deste seu melancólico poema trouxe-me à ideia a letra de uma canção romântica bem antiguinha, cuja letra aprendi de cor por tanto a ouvir cantada pela minha mana e as suas amiguinhas tontas, lá no nosso Alentejo.
    Vi-me em palpos de aranha para a encontrar no Youtube, mas valeu a pena.
    A canção é ESTA
    Sorriu? Era essa a minha intenção...fazê-lo sorrir!! :-))
    Bom domingo.

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    Respostas
    1. Sorri sim senhora:-)
      Obrigado por ter partilhado.
      Ainda mais sendo o cantor quem é. Ele que tanto me diz, e que está de alguma forma ligado à minha família:-) o meu avô materno deu-lhe instrução na tropa nos Açores, sabia?
      Obrigado, e bom domingo

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    2. Não, Miguel, não sabia e gostei de ficar sabendo.
      Já lá vão tantos anos desde que o cantor Chico Zé, como as suas fãs carinhosamente o tratavam, partiu para o Brasil onde me parece ter terminado os seus dias, que pensei só os dinossauros, como eu, o conhecessem.
      O mundo é mesmo uma casquinha de noz. :-)

      Um abraço.

      Janita

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