2025/01/13

Cartas porque sim


                           Tirado daqui

Apolo e Dafne, 2020, Roberto Ferri

Eu também tive cartas. Via-as apenas como pedaços de papel. Não que as pessoas chegassem à minha vida, e elas aumentassem ou diminuíssem de valor. Continuavam a ser repositórios de experiências. Dias e noites a chegar e partir, e eu a permanecer o mesmo. Imutável, com experiências de vida vulgares e inúteis de serem explicadas, ou sequer partilhadas. Mas sentia, ainda assim, necessidade de as ter. Funcionavam como estertor das coisas que eu queria esquecer. Acho que estavas lá, ou tens passado como particula quase invisível de cor em tanto branco do papel. Já começo a ser desnecessário, e monótono. Mas não sei ser de outra forma

 Por isso estão aqui estas heranças. Se não quiseres, não as aceites como cartas. Pensa na virtude de tanta sinceridade, como aquela que aqui verto. Só isso que quero mesmo dizer-te....

10 comentários:

  1. A vecs uno es más sincero cuando escribe. Te mando un beso.

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  2. Nas cartas falamos o que pensamos e sentimos, Porventura boa semana abraços.

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  3. We surrender a lot with our words. Sometimes, we know yet other times, its a revelation to us. Such a vivid piece. All the best to your January.

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  4. Excelente reflexão! Os meus parabéns pela abordagem!

    Bjxxx
    Teresa Isabel Silva
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  5. Belas e incríveis palavras.

    Boa semana!

    O JOVEM JORNALISTA está no ar cheio de posts novos e novidades! Não deixe de conferir!

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    Até mais, Emerson Garcia

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