-que horas são?
Era uma rotina como outra qualquer. Acordar, fazer a pergunta, olhar para o lado e vê-la ainda envolta nos últimos estágios de sono, e depois levantar-se para começar a fazer nada que se aproveitasse. Normalmente, de indicador em riste, ia desenhando formas indefinidas na parede. Os olhos dela permaneciam fechados, e o rasgar de um sorriso tímido, mas sincero, pedia-lhe que se apressasse. Nunca queria que ela presenciasse aquele aparente acesso de loucura. Todos os dias era o mesmo:
Sentir que estava satisfeito um conceito sem corpo, e de cores variadas, que lhe parecia querer rasgar as entranhas com esta vontade sem sentido e desordenada. Assim que ela se espreguiçava, esticando primeiro os braços, depois as pernas, até revelar o corpo irrepreensivelmente alvo em cima da cama, terminava aquela desordenança de desenhos irrefletidos, sem cor e sem padrão que lhe inundavam a mente a cada noite.
One wonders what goes on at night. Very cool imagery! That thin line of the unknown. Great work!
ResponderEliminarThanks🙂
EliminarUm texto que porventura nos faz trabalhar a imaginação!
ResponderEliminarBom fim de semana!
Ainda bem🙂
EliminarBom fim de semana tb
Amazing!
ResponderEliminarThanks 🙂
EliminarInteressante. Há rotinas interiorizadas que fazem parte de nós e da vida que levamos, vá-se lá saber, tantas vezes, porquê... será o piloto automático a funcionar...
ResponderEliminarÉ uma possibilidade
Eliminar:-)