Há pouco parecia que a Igreja conseguia cantar. O vento arremessava-se de forma estranha contra as paredes deformadas e cheias de musgo, e era capaz de jurar que delas saía um lamento estranho. Um conformismo musical. Achei que estava em delírios inconsequentes, como acontece com frequência, e optei por seguir caminho. Subi a rua C, como lhe chamava por ser a terceira que encontrava no meu monótono percurso diário para o trabalho. No topo da rua parei, para um breve relance ao que tinha deixado para trás. Era uma vista bonita, com um rio que se suicidava literalmente contra o contorno da cidade. Pequenos recantos, com manchas negras de gente, davam um ar 'kitsch' aquele quadro.
Ao fim de breves minutos seguia caminho. Apanhava sempre no limite do tempo o mesmo autocarro azulado, que servia para acentuar o conformismo das pessoas. Parecia esquecer tudo o que tinha visto e sentido, para amanhã se repetir...
Genial relato. Hay veces que la rutina nos mata. Te mando un beso.
ResponderEliminarUn beso tanbien
EliminarBenvenida de vuelta
🙂
Os dias sucedem-se.
ResponderEliminarE vamos sobrevivendo nesta mistura de selva e de jardim à beira-mar plantado.
Gostei do texto, muito interessante.
Tal como da banda dos cavalos, que não conhecia.
Continuação de boa semana.
Um abraço.
Obrigado Jaime.
EliminarAinda bem que gostou
:-)
...não vai, mas deveria mais além.
ResponderEliminarTem pernas para andar. O que o impede de continuar?
Falta de inspiração. Basicamente
Eliminar🙂