2023/07/16

exaurir maldade

reviro-me em sangue,
há propósito,
pele excruciada,
notas pisadas,
de música enterrada
e decomposta,
num tempo que
se lavra, a si próprio,
para estender a esterilidade,
como um manto diáfano,
que protege a madrugada,....

mas como ser de noite,
nego roupa,
beleza impura,
lágrimas nos olhos,
e sons soltos
da ingenuidade natural,
nego porque a revolta,
é a minha cama,
a vontade excelsa de ofender,
provocar,
denotar virtude,
e exaurir maldade,...

tudo mudará,
com a presença estreita
do amor,
aí a luz
voltará,
servida
como água
em deserto




6 comentários:

  1. Tan bello y dulce poema. Me ha encantado. Te mando un beso.

    ResponderEliminar
  2. Ua maldade com cheiro de amor ,leve como água .
    e 'porventura' e sempre escrevemos bonito. ..
    Boa semana, Miguel

    ResponderEliminar
  3. "tudo mudará,
    com a presença estreita
    do amor,
    aí a luz
    voltará,
    servida
    como água
    em deserto"

    Belíssimo!
    Só o Amor fará o mundo melhor!

    ResponderEliminar

Acha disto que....

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