2023/04/16

...vozes sem cores...

 

Deixei de viver por medo,
De ter músicas esquecidas como deformações da idade,
No rosto,...

Deixei de sentir vozes sem cores na noite,
Para dormir com espíritos feios,
Confusos,
Mas que me arrastavam para um prado sem fim,...

Deixei de viver e escolhi lamentar-me,
Todos os dias tornar-me menos abjeto e mais indolente,...

Até que na minha alma nasceu um buraco negro,
Que me comeu do avesso,
Deixando a minha herança de transparência 

6 comentários:

  1. Profundo poema. A veces es tan dificil sobre pasar los miedos. Te mando un beso.

    ResponderEliminar
  2. "Até que na minha alma nasceu um buraco negro,
    Que me comeu do avesso": muito interessante!
    Pois será isso que acontece a quem deixa de viver e só se lamenta e faz de vítima: um buraco negro no peito.

    ResponderEliminar

Acha disto que....