A pegada do homem das botas,
Deixa marca na terra molhada,
Cheira a indolente odor de carvão,
O fogareiro afoga o imóvel,
Uma família sobe no incerto,
Exigindo menos difusão do futuro,
Uma mulher doente diz-se mãe,
Aos beijos dos filhos,...
..., responde com amargura,
O pai, homem das botas,
Cansa o cansaço para sorrir,
Ladra a alegria da casa,
E chove a frustração do pouco,
“Pai, tenho frio”
“Mãe, estou triste de estar triste”
Quatro pares de olhos choram a impotência,
E forjam a alegria do falso,
Portugal, idade das trevas,
O senhor presidente do conselho vem à terra,
O Coreto vai ter banda,
E o homem das botas,...
..., crava ainda mais o pé na terra molhada...
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