Permanentes são as dores,
Sucintas de mil cores,
Que o diga a Maria Dolores,
Mulher que defeca flores,
Na praça central de Mogofores,
Ao rufar de mil tambores,
Libertando gamas de etéreos odores,
Engarrafados em vidros das Comores,
E despachados mercê de favores,
Da plêiade de senhores doutores,
Que vivem da exportação de rumores,
Dissertando pelos corredores,
Até se esvaírem nos furores,
De uma existência sem clamores...
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