O elogio fúnebre com as palavras ‘Manel’, ‘Gás’, e ‘Caloteiro’, foi dos mais breves que há memória. A partir do púlpito de uma igreja, pintada a tons de azul-pardo, o discursante arrotou num único vento estomacal, o critério momentâneo que usou para julgar o falecido:
- “Manel, caloteiro, morreste sem pagar a conta do gás”.
O cortejo fúnebre seguiu então em direcção ao cemitério da terra. Em campa rasa, Maneldesceu à terra à sombra de um abeto, única entidade viva no jardim das tabuletas local. Não há registo de que a conta do gás tenha sido paga. Nem de visitas à campa do Manel.
- “Manel, caloteiro, morreste sem pagar a conta do gás”.
O cortejo fúnebre seguiu então em direcção ao cemitério da terra. Em campa rasa, Maneldesceu à terra à sombra de um abeto, única entidade viva no jardim das tabuletas local. Não há registo de que a conta do gás tenha sido paga. Nem de visitas à campa do Manel.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Acha disto que....