Ao contrário do habitual, esta era uma música agonizante. Em
tons desligados, progressivamente em estridência, que deslizavam pelo recinto
acanhado e fora de tempo. Tinha-se habituado a si própria a caminhar para
aquele sítio, fechar os olhos, cerrar os punhos com tanta força até sentir a
dormência a tomar conta das mãos pequenas e inofensivas, e talvez com essa
encenação começar a aperceber-se de uma melodia cativante. Parecia-lhe vir do
deslindar dos tempos, saída de uma declaração de amor pensada por um homem
cativado por uma mulher, com ambos a acharem-se presos no espaço e numa época
perdida onde já ninguém conseguia ir. Gostava. Fazia aquele sentimento crescer;
tanto até um ponto em que o coração parecia explodir. Quando se sentia bem,
pelo menos arrefecida da dor, voltava. Mas naquele dia, tudo era diferente. O que estava a mais, que tinha aprendido a soltar pela audição, tomava conta de si sob a forma
de um vento feroz e cruel….
2023/09/20
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Em cada expressão, Do teu sorriso que ja não está lá, Das mãos que agarram o ar para ainda assim respirarem vida, A cada trejeito do teu c...
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Tirado daqui The Hunger De: Seth Becker A possibilidade de faze...
Profundo poema . Te mando un beso.
ResponderEliminarNo es un poema
Eliminar🙂
Un beso tanbien
Pozdrawiam i życzę miłego dnia.
ResponderEliminarObrigado
EliminarNem sempre a música toma conta de nós da mesma maneira. Tem dias em que a 'música' é outra...
ResponderEliminarE mesmo.
EliminarE temos de saber adaptar nos
Boa tarde de quarta-feira com muita paz e saúde meu querido amigo.
ResponderEliminarAbraço tb, querido amigo
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