2018/04/22

Insofismável

A tua cabeça ia. Perdia-a. Vinha, ganhava. Ia. Desfazia-me do céu, quando me assoberbavas com toques angelicais dos cabelos que se deixavam perder de vista no desfalecimento do meu corpo vencido.
Sempre adorei como me tomas, nesta luta de opostos que são os campos de batalha dos sítios por onde já nos fundimos num só.
Ensurdece sentir como me dominas, escorregando os lábios pela humidade do que de mim gostas que seja teu. Conheces tudo, como se de um domínio que só vem nos livros se tratasse. A ponta da tua língua fecha-me como prisioneiro. E preso, sôfrego por mais, sofredor dos minutos seguidos aos segundos em que a própria respiração me tira a cadência de ser conciso.
Quero que a natureza finda que sou, expluda no vórtice de infindável desconhecimento que é a tua boca


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