2022/07/08

Despretensioso

 


a bruma,
os dedos afundados
 no mosto da manhã,
e tanta razão para pensar
que o fim nunca aconteceu,
que ainda respira o que foi o pulsar
desta casa,
a luz enviesada de tanto
ridiculo que se promoveu,
de todas as vozes
infindas que,
de pernas e braços
em riste,
se sentaram no que
era o centro de um mundo
em plena mocidade,...

agora,
com a manhã presa,
sobra o silêncio,
nada mais se escreve
com a clareza de um poema,
despretensioso

8 comentários:

Acha disto que....