Aquele era um braço de rio estranho,
E sem cheiro a casa,...
Não havia miúdos sombra a coser redes como se fizessem ponto cruz de um sonho,
Nem a gaivota encarrapitada no mar chão a bailar ao desdizer da rebentação,
Nem sequer o sol a desflorar a água como se a tarde fosse a virgindade que já não volta,...
Havia tudo estranho e escrito nas margens nuas de pedras,
Um velho ao longe a fintar a morte com a carreta feita balde de amêijoas,
E tu a olhares-me na menina perdida dos olhos,
Pensando que era melhor continuares sem me conhecer,...
É o que me lembro
Bonito texto
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