2018/03/13
Clarividente
Nunca contei a ninguém que leio o futuro na chuva, é uma coisa relativamente fácil quando se tem vontade disso, eu explico, estou habituado a ser transparente, vivo na rua e nas esquinas por onde passo ninguém repara que consigo perceber até onde as pessoas estão dispostas a ir, com o vento a pentear-nos a pele, e o calor como único poema de amor aconchegante na vida, olho para a pressa de cada um e leio os sonhos, os desejos reprimidos , se cada um já foi feliz alguma vez, se sabe o que é amar tanto a ponto de se colocar em causa o próprio ser, a chuva ajuda a desenhar o futuro quando cai em cima das pessoas que só olham em frente, e não se preocupam em pensar que pisam o mesmo chão décadas a fio, e que esse chão já foi gasto por gerações de seres sem nome mas com emoções, e isso faz de nós clarividentes, nem que seja por não termos mais nada nos olhos a não ser a desonra de não termos nada como tema de conversa...
Tirado daqui
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Etiquetas
'abrir os olhos até ao branco'
(2)
'Depois de almoço'
(9)
'na terra de'
(2)
abstracao
(1)
abstração
(19)
abstrato
(197)
Absurdo
(62)
acomodações do dia
(1)
acrescenta um ponto ao conto
(1)
alegria
(2)
alienação
(1)
amargo
(4)
análise
(1)
animado
(2)
animais
(4)
aniversário
(11)
antigo
(1)
antiguidade
(1)
atualidade
(2)
auto
(1)
auto-conhecimento
(4)
autor
(12)
Blog inatingiveis
(4)
blogue
(10)
breve
(4)
casa
(1)
casal
(1)
coletâneas
(2)
companhia
(1)
conformismo
(3)
conto
(4)
Contos
(61)
corpo
(5)
crónica
(1)
crossover
(4)
cruel
(1)
curtas
(8)
Dedicatória
(22)
Denúncia
(2)
depressão
(6)
dia da mulher
(1)
Dia Mundial da Poesia
(7)
Diálogo
(6)
diamundialdapoesia
(2)
dissertar
(10)
divulgação
(1)
do nada
(5)
doença
(1)
escrita criativa
(1)
escritaautomática
(10)
escritores
(12)
escuridão
(2)
pessoa
(5)
pessoal
(29)
pessoas
(13)
Sem comentários:
Enviar um comentário
Acha disto que....