Não se acalmava de outra forma que não com um beijo. No cimo da cabeça, por entre vigorosos benfazeres no cabelo revolto, alourado. Não era pessoa de fios na pele, de sentimentos de meio termo. Precisava de sentir-se apertada, até constrangida de alguma forma. Punha as cartas na mesa em relação aos sentimentos. Gritava. O seu limite parecia não existir. Revoltava-se contra a solidão. Os limites da atração humana. Até o facto de o tempo ser um conceito escasso, inexistente até, já que o entendia mais como uma reação do que como uma realidade, a fazia ser apologista da violência verbal. Do insulto pelo prazer do insulto.
Um dia quis dar o próximo passo. Escolheu um entardecer junto ao mar. Com um sol refém do inverno que dava os últimos suspiros. Acalmei-a, elogiando a singeleza da sua figura. A resposta demorou, quase ao compasso do arrolhar das ondas...
Uno siempre debe continuar. Te mando un beso.
ResponderEliminarUn beso tanbien
EliminarOh, life can get messy and you make it so genuine!
ResponderEliminarYou make it sound so genuine, that i almost believe it:-)
EliminarQuanta complicação!... e o mar ali tão perto, e o beijo ali tão ao alcance!...
ResponderEliminar🙂gostei do cenário
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