Dubrovnik,2023 |
A menina desiludia-se com a vida. Havia pequenos recipientes em todo o lado, cuja utilidade nunca entendeu. As pessoas deixavam-nos onde calhasse, eram feitos de loiça pintada, porque assim se tinham habituado. E ela costumava fazer o trajeto por entre as mesas onde estes recipientes estavam colocados, e sentia-se conformada. Ainda aproveitava para ir ouvindo algumas histórias de pessoas que não conhecia. O tempo insistia em estar bom, a chuva andava afastada daqueles sítios, e isso parecia atrair quem tentava analisar a sua aparente desilusão, que a menina partilhava. Parecia ser uma coisa endémica aquele sitio, e isso levava-a a pensar noutros lugares, onde fosse mais fácil esculpir a vida em algo mais do que desilusões. Recipientes de loiça sem utilidade conhecida, e que se calhar existiam como epitáfio para o medo de aceitar coisaa novas...
Voltaria a casa a pensar nisso
Genial relato. Te mando un beso.
ResponderEliminarUn beso tanbien
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