2023/12/31

Inatingiveis 2023 despede-se lentamente

 

Encontrava-me a caminhar sem destino,
Passei pelas mesmas ruas apertadas de todos os dias,
Que notavelmente me pareceram mais largas e cheias de garatujas indecifráveis,
Até chegar a um local amplo e iluminado,...

Estavam muitas crianças sem tutela,
Arriscavam-se pelo simples motivo de não terem motivo,
E senti-me invisivel a caminhar entre elas,
Ouvir risos,
Despreocupacões que pareciam próprias de sítios como aqueles,...

Pareceu-me um local pleno de aromas,
Em que se olhasse para cima via pequenos pés,
A caminharem sem sentido e quase de forma etérea,
Até ser altura de fazer tudo de novo,...

Entardecia quando senti ser altura de partir,
Curiosamente fi-lo com vontade de parar,
Deixar a minha pessoa por ali,
E sentir-me orientado por uma mão invisível,
Que por uma vez me fizesse sentir pertença de algum lugar ou de alguém,.. 

Mas mesmo assim segui,
À espera que me recebessem em silêncio noutro local sem nome

6 comentários:

  1. Apreciei o poema com o qual me identifiquei na parte final. Ou seja, de pertencermos a tantos lugares, afinal, não pertencemos a lugar nenhum.
    Boa entrada em 2024.
    Um abraço.

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  2. "Mas mesmo assim segui"

    Há que seguir sempre, e, se possível, somar!
    Boas entradas e bom seguimento em 2024!

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  3. Adorei a reflexão!

    Boa semana!

    O JOVEM JORNALISTA está no ar cheio de posts novos e novidades! Não deixe de conferir!

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    Até mais, Emerson Garcia

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