2019/03/06

para lá do fim

para onde me
enviaste,
não havia pedra
de ausência,
nem raízes
alocadas às árvores do medo,...

lembro-me do mar
embrulhado em sol sujo,
e de ti a
sorrires assustadoras
declarações de tristeza,....

ao mesmo mar,
às sucintas
indecisões dos lados
tristes da rotação da terra,
 eu estarei aqui para escrever,...

talvez sejam os
poemas o arredondar do tempo,
a lesão indestrutível
do sofrer sem sentir,...

não gostarei quando
a margem suficiente
do amor acabar,
mas com versos
sem sentido,
o tempo continuará
para nós,..

para lá do fim

1 comentário:

Acha disto que....