Tinha um relógio
De corda. Dos antigos, que me tinha custado qualquer coisa que já nem me lembro.
E ele tinha o hábito curioso de parar sempre que te encontrava.
Punha músicas diferentes a tocar no rádio do carro. Dava à manivela para cima e para baixo para que, pelo menos num sentido figurado,
Te pudesse prender, e às tuas hesitações, e aos teus desejos perdidos, de forma a que o relógio,
Pudesse funcionar normalmente.
Mas ele insistia em parar sempre quando tu estavas perto.
Fomos dormindo pela cidade,
Em espaços que não vinham no mapa, repletos de sons pequeninos, e de sonos que apreciavamos muito,
Mas o problema continuava igual. A ponto de perdermos ambos a noção de tempo. E a solução encontrada foi única,
E comum.
Íamos emigrar um do outro. Pegar nos nossos corpos, nos parcos haveres que havíamos juntado neste epicurismo puro que tínhamos vivido,
E partir.
A despedida foi dolorosa. O teu corpo fechou-se ao meu toque. E soube que nunca mais irias ser minha da mesma forma
Profundo y triste relato. t emando un beso.
ResponderEliminarUn beso tanbien
EliminarMiguel querido,
ResponderEliminarLer aqui é uma viagem
sem pressa de voltar a
realidade.
Belo escrito.
Bjins de boa nova semana.
CatiahoAlc.
Que bom minha amiga
Eliminar:-)
beijinhos de boa semana tb
Toda despedida é dolorosa e difícil. Adorei sua poesia.
ResponderEliminarBoa semana!
O JOVEM JORNALISTA está no ar cheio de posts novos e novidades! Não deixe de conferir!
Jovem Jornalista
Instagram
Até mais, Emerson Garcia
Obrigado emerson
EliminarDetesto despedidas, qualquer uma. Seu texto é real.
ResponderEliminarObrigado Alice pela visita e comentário
Eliminar