Passei a noite a pensar sobre a noite em que conheci o homem que passou uma noite inteira sem assegurar qualquer coisa. A noite começou em tom de dúvida. Mas a noite prosseguiu porque tinha pressa em mudar de roupa e passar a ser madrugada de impropérios. E ao homem tudo passou ao lado. E tudo porque odiava a noite desde que a noite deixou de ser dia tímido e passou a ser madrugada recém-saída da adolescência. Reescreveu tudo o que tinha apreendido sobre a noite selando consciências com incertezas difusas. E vem mais uma noite interminável feita de noites pequeninas que só servem para que a noite seja menos compreensível para o homem que odeia noites.
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