Para a coxa mascarar,
E o joelho macerar,
Seguir em trote cadenciado,
Fugindo do dia laminado,
Com o hiato a paralisar,....
E o deserto com ventos?,
São os sapos que abrem o cu,
E só saem é lamentos,
Flores de lótus. E o haiku?....
Técnico de caleidoscópio,
Com milhão de bocas abertas,
Sinto-me nu. Chamam-me Procópio,
Tenho brincos de lagartas,
E mordo o que já foi Falópio,
Para agora ser deboche,
Em quadro de promessas,....
Se eu escrevesse,
No lago de seriedade,
Com medo do acontecesse,
Pintado de fealdade,
Chutando lindas palavras,
Com selo de lealdade,
Pintando coxas cagarras,
Com laivos de luminosidade,...
A culpa sendo da poesia,
Lamento pelo sonhador,
Nem que rebente Leiria,
Com alarme no Bojador,
E aos pingos de aletria,
Fujo de arrependimentos,
Para que a vontade prevaleça,
De escrever sem lamentos,
O que congele ou aqueça,
A bem de quem com fundamentos,
Espera por um sonho de fortaleza,
Para o bem de inventar,
Levante-se quem decidir,
Criatividade a espraiar,
Melhor que mundo a dormir.....
2008/05/02
Para que a vontade prevaleça
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