2008/04/04

Dedos gordos


Há dias em que tens indicadores esquerdo e direito, gordos. Massas disformes, que tremelicam a cabeça ao sabor de incompetência quando martelam o teclado do computador.
A tua incompetência.
O que tu não sabes fazer pelo mundo que te cuspiu de um útero que já começa a ficar velho. Criativo, serás quando as sereias dormem. Na altura em que o mundo deixa de ter coisas interessantes para contar, e tu te agarras aos dedos gordos.
Dignos de confiança, serão. Talvez, controlar a cona purguenta de uma puta de esquina. Aí, não te saias mal. Caso te empenhasses.
Há dias em que tens indicadores esquerdo e direito. Anafados, sem esperança de dieta milagrosa. Incompetência, definida à sombra do rodapé da cama onde te escondes, escreve-se com nuvenzinhas de banda desenhada.
Fluência em poderes fantásticos. Rodar o dedo, gordo, e mandar o prédio do presidente da câmara pelo cu do planeta. E tudo porque ele te aumentou a contribuição autárquica.
Peidares uma rosa florida, e com ela casares com a mulher divina. A gaja que fode com um milhão de homens desiludidos ao mesmo tempo, e ao mesmo tempo come uma mousse de chocolate podre.
Arrebanha o par de pernas que te nasceu em dia de chuva, e anda. Pára só quando perderes esses dedos gordos. Criativo.

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