2008/04/13

Manifesto anti-'antiescrita'


Escrever? E porque sim. Já que o mundo se esqueceu de somar as desvantagens que arriscou ao assinar o projecto de construção da nossa massa encefálica,...que arrisque quem foi arriscado.
Desague-se um rio de ideias ‘abarrajadas’. O encéfalo, esponja amorfa que dorme de dia, e ressaca à noite, merece o desdém de gastar a ponta dos dedos em teclados de computadores que grunhem por reciclagem. Perder unhas de podres a pentear o nosso ‘Clark Gable’ de taberna.
Dormir meia hora, depois de uma noite a ajeitar um machão de pêlos nas costas, em cima de uma trintona que fode para resvalar no abismo da razão microcéfala.
Marronizar a ferida que racha o crânio do padre pedófilo, justiçado por uma aldeia de saqueadores justiceiros, e profetas do armagedão em dias de Sol.
E quem diz o contrário,...quem vendeu a imaginação à oferta menos sublime,...meta a viola de cordas partidas no saco, e imigre para Saturno.
Estou farto dos castradores de pensamento. De quem censura os ‘não-comprometidos’ com os comprometimentos. Lavar a roupa suja da polivalência criativa, dá orgulho, faz crescer, e ao menos sempre faz ignorar rotações diárias de um planeta que se ‘auto-frita’. Li barbaridades de cuspidores de argumentos bacocos. Gentalha que faz da luta de classes suprema, um apóstrofo no livro de cheques do capitalista. Intelectuais de cangalhas de massa, que mascam ‘ses’ cansativos.
O mundo salta à corda lá fora, e tu, intelectual que veste roupa interior kantiana e zoroastra, fechado no quarto.
Viva a escrita. Mil ‘eferreas’ ao desvario de dedilhar. De pensar. De conjecturar. De viver.

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