2023/01/16

Branco pardacento

 Como podia chumbar aquele par de olhos,

Não entendia como tentava,
Esforçava-se até por a cada dia ser uma pessoa isenta de reprovações,
De atos inconsequentes e gestos sem medida,
Mas de nada parecia servir,
A ausência dela media-se pela intensidade fugidia de órbitas cristalinas,
Sempre a procurar outras paragens,...

Procurava consolo na escrita,
Em se refugiar quieto por entre versos acomodados,
No branco pardacento de folhas já retorcidas,...

Mas não desistiria,
O seu sonho era aprisionar aquele par de olhos,
E levá-lo para um tempo que haveria ainda de se materializar

6 comentários:

  1. Depois dos olhos aprisionados, tudo se torna mais fácil...
    Excelente poema. Gostei imenso .
    Boa semana, caro amigo Miguel.
    Um abraço.

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  2. Por vezes não há como materializar o que poderá ser apenas utopia... e nem a escrita servirá de consolo... (mas isto posso ser eu num dia/altura não).

    Boa semana!

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