2021/05/20

Finitude da escrita

 tinha dado tudo por tudo,

 Se me perguntarem se tinha 
sido o suficiente,
 não... 

mas também nada 
mais haveria o que
 fazer,
remetia-me a continuar
 a escrever banalidades,
 dizer que o sol era finito, 
e o céu azul só porque
 sim,...

 e depois de me 
humilhar assim,
procurar conforto 
no redondo de sempre
do álcool... 

teria um dia isto de acabar,
 mas ao longe, 
por mim, 
a verdade 
já começava a doer,
 assim a noite o 
permitisse,
 com insufladas 
permissões de compromisso. 



10 comentários:

  1. Há momentos em que, quando fazemos o saldo, este dá negativo. Mas é apenas um momento.

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  2. Uma reflexão boa e verdadeira em nossa vida deve ser equilibrada.
    Cumprimentos.

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  3. Há desaires que nos podem remeter para um qualquer vício...
    Excelente poema, gostei imenso.
    Continuação de boa semana, caro Miguel.
    Abraço.

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    Respostas
    1. A maior parte dos vícios são explicados precisamente por desaires
      Penso eu
      Obrigado pela presença Jaime

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  4. Um poema que encerra um certo desalento, mas que reflete uma faceta da vida de todos nós.
    Nada é eterno, mas raramente aceitamos de boa mente a finitude do que julgamos nosso!

    Abraço.

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    Respostas
    1. Muito boa leitura
      :-)
      Agradeço a presença, nova, e o comentário
      Abraço.

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  5. muito bom!!!! tudo acaba e vivemos de fins e recomeços. abraço.
    https://mulheresquecorremcomsapos.blogspot.com/

    ResponderEliminar

Acha disto que....

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