2021/01/17

Um dia gostava de saber escrever assim

 não nenhum fim em vista justifica

esta hora de carne de compêndio
de tudo o que sonhei o grito fica
em bailundos que atacam o incêndio
 
um homem impassível verifica
ponto por ponto o nível da cascata
que foi de quartzo feldspato e mica
agora espanto pénis pus e pata
 
nem um rato que fosse   nem um verme
nem um   no hemiciclo sopra e geme
aqui ou no rossio ou na avenida de berne
 
quem não deve não teme
devoremos o cherne
com dvorjak ao creme
 
 
 
 
mário cesariny
primavera autónoma das estradas
assírio & alvim
1980

8 comentários:

  1. Lembra-te
    que todos os momentos
    que nos coroaram
    todas as estradas
    radiosas que abrimos
    irão achando sem fim
    seu ansioso lugar
    seu botão de florir
    o horizonte
    e que dessa procura
    extenuante e precisa
    não teremos sinal
    senão o de saber
    que irá por onde fomos
    um para o outro
    vividos

    Autor: Mário Cesaruny

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    Respostas
    1. Ainda consegue ser mais nbonito do que o que eu escolhi
      :-)
      Obrigado pela presença

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  2. Poema maravilhoso que me deliciou ler

    Cumprimentos.

    ResponderEliminar
  3. Gostei mais do que a Piedade trouxe rss. Abraço.

    ResponderEliminar
  4. Pois olhe, Mário Cesariny não me encantou nem um pouco.
    Jé me tenho aqui deliciado com os que o Miguel escreve.
    Por isso deixe-se estar que está bem.
    🤩 Um abraço.

    ResponderEliminar

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