tenho idade para saber que as
linhas do meu sorriso são tortas,
e as montanhas das minhas mãos não
são montanhas,
quanto muito serão refegos estranhos do
corpo de uma criança mimada,
que se alimenta dos dias de ternura
que são para si uma droga,
e lhe enchem a barriga, e as pernas,
fazendo delas o que são as minhas mãos,
disformes,
sem analisar o presente mas consciente
de que o futuro são dois copos de água
meio-cheios,
porque a ansiedade mata sempre tudo,...
e as mãos têm de continuar inocentes,
assim mo diz a minha idade,
e na minha idade também me sento às vezes,
em esporádicos finais de tarde,
com o vento a querer fazer-me companhia
quando o que quero é a solidão,
e não continuar a forma irrefletida das
coisas em que minto,
transformando-as em verdade sem peso,
e sem rasto,....
já terei idade para perceber que me resta
a luz a infiltrar-se pela minha carne adentro,
e esperar qualquer coisa sem tempo assim,...
a não ser que chova
linhas do meu sorriso são tortas,
e as montanhas das minhas mãos não
são montanhas,
quanto muito serão refegos estranhos do
corpo de uma criança mimada,
que se alimenta dos dias de ternura
que são para si uma droga,
e lhe enchem a barriga, e as pernas,
fazendo delas o que são as minhas mãos,
disformes,
sem analisar o presente mas consciente
de que o futuro são dois copos de água
meio-cheios,
porque a ansiedade mata sempre tudo,...
e as mãos têm de continuar inocentes,
assim mo diz a minha idade,
e na minha idade também me sento às vezes,
em esporádicos finais de tarde,
com o vento a querer fazer-me companhia
quando o que quero é a solidão,
e não continuar a forma irrefletida das
coisas em que minto,
transformando-as em verdade sem peso,
e sem rasto,....
já terei idade para perceber que me resta
a luz a infiltrar-se pela minha carne adentro,
e esperar qualquer coisa sem tempo assim,...
a não ser que chova
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