O homem entra naquele espaço, e com as mãos percorre os livros que tem de assimilar. Autores de dúvida. Pessoas que falavam muitas línguas, e que Deus transformou em mutantes do mutismo. O homem percebe o ridículo de querer mudar o mundo, só por tocar com os olhos da alma que transporta, cega, desde que o amor o deixou. Tapa as bocas que lhe segredam o inenarrável desejo da liberdade metida no fio da navalha, e lido o especial anseio, finaliza-se. Deixou medo, em laivos de sombra, derretido na parede da criatividade que o envolvia.
2009/01/31
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