2025/05/14

Que se recusava a dar nas vistas,....

 Estava intrigado. Sem perceber os sinais que a situação emitia. Nem o tempo possível de um caso como este. Diziam-lhe ter um sinal visível no corpo. Ele perguntava qual. Ninguém lhe respondia concretamente. Pensava com isso ter uma diferença difícil de entender para os outros. Haviam excepções em que se afirmava como uma pessoa muito carateristica. Que se recusava a dar nas vistas. Mas outras em que, com pouco ou nenhum esforço, fazia com que os outros reparassem nele. E aí resguardava-se. Sentia o corpo a desenhar transparências que o pudessem defender. E naquele momento, achava que pudesse passar sem se explicar. E assim conseguiu. Por entre olhares inquisidores, e perguntas desagradáveis e até ofensivas, seguiu caminho com os olhos fixos no chão. Era o meio do dia. Sentia que tinha por fazer ainda muito mais do que já tinha feito.

                          Tirado daqui

10 comentários:

  1. Obrigado! https://sintrabloguecintia.blogspot.com/

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  2. Such an intriguing prose. Which has it's depth. And of course those signs can be the lack of communication from the beginning. Yet, we do see things in others they may not be aware of. Thus we see some things in our selves that might be invisible to others, as well.

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  3. Very well done. It reminds me of a birth mark on a relative's forehead when he was born. Over time, it fade. It isn't even noticable anymore. Thanks for this piece.

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  4. Muito bom este texto reflexivo. Meus parabéns.

    Arthur Claro
    http://www.arthur-claro.blogspot.com/

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Acha disto que....