2025/04/12

Esperar aos bocadinhos

 comecei por esperar-te aos bocadinhos. A cada dia espalhava o tempo como um tapete em casa. Rugoso, cheio de defeitos como a imperfeição que sempre amámos. Primeiro não chegavas de forma arrastada. Depois, os segundos saltavam como pulgas de calor de fim de Verão.Até que veio o frio. O tempo ganhou a forma de livros seguidos, lidos de fio. Livros sem história mas com sentimento. Que se nos agarram, como um abraço. E, aos bocadinhos, desenganei-me que voltarias. Aninhado nas histórias que construímos juntos, penso com todas as forças num espaço de infinito. Uma constelação só nossa, em que voamos, dizemos de nós o que o sentimento e o amor trouxer. Mas tu sem voltares. E eu sem parar de sonhar. Até o tempo o permitir

                                                                          Tirado daqui

Brief encounter (1945)

De. David Lean

12 comentários:

  1. Me encanto tu reflexion. Te mando un beso.

    ResponderEliminar
  2. Un sogno d'amore, che si fa realtà, in un interessante tema cinematografico ,di lieve attesa..
    Buon sabato e un saluto

    ResponderEliminar
  3. Oh, such a lovely moment. Wonderfully remembered, indeed.

    ResponderEliminar
  4. Oh, you captured it ..awkwardness and all..a dance that would start it all.

    ResponderEliminar
  5. Miguel,
    Cheguei a suspirar
    lendo sua publicação.
    Ai ai...
    Desejo a você junto aos seus
    um bom fim de semana.
    Bjins
    CatiahôAlc.

    ResponderEliminar
  6. Adoro textos e poemas que além de ler, sentimos. Lindo texto, fique encantada!

    ResponderEliminar

Acha disto que....