2024/11/19

...copo do temor

 Estás excelente a manter as aparências,

Senão vejamos,

Como se escreve desilusão?,

E tu passeias na praça central,

Cabelos ao vento,

Cheiro a vitória a desprender-se de todo o teu ser,....


A procura pela ilusão,

Explícita e com laivos poéticos intensos,....


Ainda me lembro do que foram as parcelas da nossa conta conjunta,

Razão, explicação,

Virtude coerente e nunca desilusora,....


E agora,

Queria-te para bebermos juntos do copo do temor,

Do medo concentrado por entre as mãos suadas,...


Mas já vais lá tão longe,

E esta frase que para mim,

Não devia ter fim


                                                                        Tirado daqui

Wilhelm Sasnal  
Sem título   
(óleo sobre tela, 2017)

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