Falei-te das minhas coisas. De como me desespero com o falhanço, e pareço viver bem com os espaços que existem entre os gritos de provocação. Fazias a lida da casa. Pondo a virtude aqui. O desperdício ali. O jogo de copos de cristal que te custou uma fortuna deixado sempre no fundo do armário de cima, a ganhar pó. Mas protegido.
Conformava-me com o silêncio da tua parte, porque sabia que era assim que me querias. Na dúvida.
Incerto sobre a razão e a raiz das tuas ideias.recitei, de rajada, o mesmo poema mental de sempre. O que fala sobre uma árvore sozinha, a definhar num bairro de velhos, e que só vai tirando alegria dos momentos reservados com as memórias dos outros. Com alegrias muito próprias, que normalmente envolvem crianças que se tornaram adultos, e a certa altura partiram para nunca mais voltar.
Era uma variável de fatores fixos este jogo que escolhia jogar contigo. Saía sempre entristecido. Mas de formas diferentes. Hoje virei-te costas no preciso momento em que ligavas o rádio de canto, para te reconfortares com o branco da religião
Tirado daquiIsaak Lwowitsch Asknasij
O Rabi e a sua filha
(1886)
Who knew how we turn on each other while all along thinking we need to stand alone. Very haunting..yet true.
ResponderEliminar🙂Obrigado
EliminarYou definitely know the twists and turns of relationships. Sometimes, we think we are closer yet to realize we are farther apart in the end.
ResponderEliminarI try🙂
EliminarPeople complicate their lives so much...
ResponderEliminarThey do
EliminarEveryday even more