2020/11/12

Indecoroso

olhos cravados no chão,

dia que nasce,

abraçado à noite em comcubinato,
a mesma rotina de sempre,
só que naquele dia,
naquele momento,
algo era diferente,...

uma mulher de ar triste,
pele suja,
de olhos cravados no chão,
envolve o corpo num abraço
ao divino,...

sobe-se a rua,
um saco intacto,
balouça ao vento,
com os despojos da noite aconchegados
em desvario,
nada é o que parece,
para tudo permanecer igual
a sempre,
e há tanto por contar no topo da rua,
mas tem de se seguir



6 comentários:

  1. As vidas apelidadas de fáceis mas... tão difíceis.
    Boa Noite.

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    1. Nada na vida é fácil.
      As aparências iludem
      Obrigado pela presença

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  2. Ah se a rua falasse...
    Magnífico poema, gostei muito.
    Bom resto de semana, caro Miguel.
    Abraço.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Se a rua falasse todo o mundo seria mais justo
      Obrigado pela presença Jaime. Abraço

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  3. Julgamentos não são pertinentes quando vemos alguém assim, pelas ruas. É certo que mencionou o nascer do dia, mas vejo a tristeza da mulher com outros olhos, olhos de necessidades não satisfeitas, de um seguir que a lugar algum parece levá-la. Belo! Abraço.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Fico sempee maravilhado com suas analises reflexivas e corretas
      😃
      Obrigado de novo pela presença

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Acha disto que....

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