2019/07/01

Auto-crítica

se não fores para mim,
o tempo já não será
para mim,
nada do que foi meu
voltará à essência
de um minuto incompleto,
 esperando que os gritos
ocos do desespero
se deitem contigo,...

se não fores para mim,
tudo se resumirá
à frivolidade de
não ter nada,
a  lançar-me
contra paredes duras
de anuência com
o medo,
recordando sem dormir
o que deixei à beira
daquele rio dos
gritos inconsequentes,...

não me lembro de mais
vento que aqui caiba


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