2021/06/22

Do residual ao preenchimento

 Esta é uma tragédia grega com mais de dois mil anos,

A personagem principal não tem memórias familiares,

É uma mulher residual,

Que nos dias que correm,

Séculos e séculos depois de  se ter desvirtuado,

Caminha sem mãos pela névoa de rosto e com marca desta manhã de início de ano,...


As pessoas abordam-na, perguntando tu que de debaixo do chão vieste,

E guardas em ti uma beleza de tecido rasgado,

Inofensiva e mascarrada,

Estás deslocada no tempo,

De uma forma quase conservadora e que leva à troca de morada,

Entre o palácio de bronze onde já moraste,

E essa personagem que agora construíste e falhas,

A plenos pulmões,...


Talvez acordando, 

Esta seja uma mulher que faça sublinhar a importância pessoana de uma noção infeliz de amor 




8 comentários:

  1. Poesia complexa que fala de alguém, uma mulher, inexistente.

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  2. Personagem enigmática a do teu poema, mas como versaste desde o início, pertence à tragédia grega com mais de dois mil anos, portanto, compreensível. Na verdade , as mulheres com substância, mesmo tendo as vestes rasgadas, eram ou são, inteiras, bonitas, e misteriosas. A nova geração, ou safra do gênero feminino, são frágeis demais pra aguentar os "trancos" da vida.

    Parabéns , Porventura. És um grande poeta. Devia escrever pra teatro. Levas jeito.

    Beijos !!!

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    Respostas
    1. Já pensei várias vezes nisso. Tentar teatro
      😊
      Obrigado pelo incentivo

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    2. Então, acho que devias partir pra ação. Não será fácil, bem sabes, mas é preciso que o dramaturgo que mora em ti, se liberte. Boa sorte. Felicidades.

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    3. Falta me alguma formação. 😊
      Mas obrigado pelo estímulo

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  3. Por mais que exumemos os nossos medos para os compreender e controlar, só com a paz e concórdia, sem máscaras, avançaremos com mais segurança.
    Abraço amigo.
    Juvenal Nunes

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    Respostas
    1. Concordo inteiramente juvenal
      Abraço e obrigado pela presença

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Acha disto que....

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