2021/03/23

Uma casa e o medo



o sótão cheio de coisas a apodrecer,

um dia com sabor a morango,

e as janelas que abanavam,

pareciam contar a história repartida

de sonho,....


tanta música insolúvel,

e chás que se bebiam frios,

o anátema da solidão escorria por

paredes bolorentas,

a abraçar a fonte incolor

da crispação,

que numa casa pronta a habitar,

a tornava uma visão da extinção

dos verbos

4 comentários:

  1. Uma casa pronta a habitar mas que não estava pronta a habitar.

    ResponderEliminar
  2. uma casa para habitar
    mas que estava abandonada
    o sotão cheira a bolor
    mas também pode cheirar a livros
    e a outras coisas mais

    gostei da ambiguidade do poema

    :)

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. A ambiguidade do poema, se clahar tem a ver com a ambiguidade do autor
      :-)
      Obrigado pela presença

      Eliminar

Acha disto que....

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