2020/12/02

Fora da palavra


Não que me obrigue a despedir do redigido de ti,

Apenas reparo no irregular das vogais de silêncio,

Com consoantes insuficientes,

As mesmas que estendidas ao sol,

Envelheciam o suficiente para aparecerem de ovários secos,... 


Incapazes de mais serem que mulheres velhas,

Depauperadas,

As mesmas que o tempo sempre estuprou,

E seguiu para fazer o mesmo a quem calhasse,...


Aninhado na ausência de razão,

Sim,

Talvez me restasse ter uma despedida fora da palavra,

Porque o escrito não são palavras,

É ar que nos renova a vida descontinuada 



4 comentários:

  1. Uma despedida em que as palavras já não chegam, um acontecimento cuja experiência só o autor viveu.
    Boa Noite

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    Respostas
    1. Uma experiência pessoal do autor, de facto
      Daquelas que ficam
      Obrigado pela presença

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  2. Despedida silenciosa, advinda de traçados irregulares desenhados por alguém, não pela vida. Na ausência de razão ... Abraço.

    ResponderEliminar

Acha disto que....

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