2019/10/19

Vida transparente

diziam não gosto do árbitro,
e para o ano com estes jogadores
não chegamos lá,
arrecadavam as mãos nos bolsos
e tiravam-nas de novo,
diziam mundos e fundos
de tudo,
e a banalidade era tanta que
os olhos azulavam,
e tudo em volta cegava,
havia música sem acordes,
velhinhas inauditas,
que trajavam de som e
sem recordação,...

e diziam não gostar do chuto
na bola,
quando comiam a sandes de couratos,
entremeada com a cerveja azeda,
e diziam que queriam mais
na próxima semana,
e quando o sol se vestia de noite,
regressavam a casa,
e nem ouviam que estava lá vida,
só pensavam não gostar do árbitro


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