2019/09/04

Desapegar

Virá o dia em que dos ombros em que me carregas,
Nascerão ruas sem frutos,
Digo-to a gritar,
De criatividade esvaziada pelo calor deste frio que me deserta,
Me desfalece,
Me faz caminhar inviolado pelo que resta das crianças que tínhamos nos nossos abraços,...

Lembro-me como se o positivo do sol fosse tudo isto,
Ser banal,
Ter pequenos barcos sem pescador a zarpar em olhos secos,..

Não te respondo em registos diferentes do que te habituei,
Só num poema como este,
Indiscreto,
como qualquer outra coisa de que te desvirtues



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