apanhei-te no fumo preto
da paragem dos desejos,
eras colónia de seres
de cheiro,
adoráveis assexuados
de querer vidas longas
de querer bem,
aninhei-me aos pés
de entardecer que
com o sorriso
de nascer te apresentaste,
apresentei-me,
'olá, sou o teu destino',
fizémos desenhos
rabiscados com crianças,
pequenos desejos de
suspiros de final de noite,
com mãos entrelançadas a esperar
pelo beijo doce do amanhã
que sabíamos
estar à porta da toca
de carinho com que
nos envolvemos,
amor de poema o que
escrito assim,
serve para sereia,
nome de amor
com que os olhos
moribundos do descrente,
amarram a vida-
carrossel que
dá gosto experimentar....
2009/08/22
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