2025/09/29

Começou a chover,...

 Escrevo histórias porque mas dão,

sim,

a manhã levanta-se,

a noite lamenta a roupa velha,

as rugas desnecessárias,…


e à porta,

após dois baques suaves,

encontro uma criança perdida,…


fala-me do além,

que o mundo se põe a jeito

de levar com almas inconsequentes,

e ao afastar-se faz-me o gesto da paz,…


começou a chover,

voltei para a minha parca habitação,

e sentado a escrever encontro-me

em versos de prosa,…


sim,

dão-me histórias como estas,

e eu faço delas rebordos de solidão


14 comentários:

  1. Um belíssimo e denso poema, Porventura boa semana abraços.

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  2. Intriguing where inspiration comes from. Wonderfully memorable.

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  3. So lovely how one things leads to another in the life of your prose.

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  4. Que poético ,Miguel
    as manhãs, a chuva , a criança a lhe acenar a paz
    e uma solidão em verso e prosa.
    Gosto do seu cotidiano, deixo abraços para uma semana boa.

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  5. Belo poema!

    Boa semana!

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    Até mais, Emerson Garcia

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  6. Miguel,

    que texto tocante!
    Sinto cada cena como se estivesse ao seu lado: a manhã que desperta, a criança perdida que aparece, o gesto silencioso da paz.
    É impressionante como suas palavras transformam a solidão em beleza, e a escrita em abrigo e companhia.

    Abraço
    Fernanda

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