ouve-me,
não vale esconder
os olhos porque eles
se escondem a eles próprios,
não adianta que as mãos
avancem por entre a
cacimba tosca das primeiras
horas de qualquer dia,
porque a noite vai seguir-se,...
nada adianta,
porque há sempre
um medo mal vestido,
dois passos mal dados que
o afastam,
para depois ele voltar,
assumido de amor consternado,
assustado com as lágrimas
escapadas de uma menina
que tem muitos em vez de um coração,...
ouve-me,
não adianta contornar Montmartre,
nem procurar a Torre
nas recitações indevidas da noite de Paris,
é simplesmente inútil
quinta-feira, dezembro 09, 2021
Ouve-me em Paris
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Dizer-te isto e aquilo, Esperar que o vento se funda com a certeza de vida, Enquanto lá fora, À mercê da forma como se envelhece numa cama, ...
-
Sobrou o suficiente para bebermos até que de dia, Se perceba que a noite não fica, no vazio dos olhos como uma lágrima,... Traz-me de volta...
Muito bonito.
ResponderEliminarTantas vezes em que de nada adianta mesmo o que quer que se faça, pois há algo mais forte a contrariar...
Obrigado
Eliminar🙂
Este foi escrito de uma penada precisamente a pensar em algo parecido com essa ideia
Poema muito bonito que me fascinou ler.
ResponderEliminar.
Saudações natalícias
.
Pensamentos e Devaneios Poéticos
.
Obrigado pela presenca, ricardo
EliminarAbraço
Os olhos, janelas da alma, contam tudo. Principalmente o medo, neles estão revelados, mais que o amor.
ResponderEliminarPorventura, o poeta magnífico das metáforas, e dos mistérios da alma, eu te admiro e te gosto.
Um beijo. Ou dois?
🙂
EliminarObrigado pela presença
Esse poema sublimou Paris e deu saudade dos cafés de Montmartre.
ResponderEliminarE saio sonhando com o som melancólico.
É 'simplesmente inútil' esquecer.
abraço e obrigada do retorno.
Obrigado pela presença
Eliminar😀