2021/02/11

Resquícios

 já comecei a dar de mim,

a minha voz condói-se com 

vestígios de sangue,

repisado e perfumado em nuvens

sem cor,...


houve um passado,

há um presente sem rosto,

e do futuro inodoro,

sem vestígios para que o descubra,

sobram pequenas notícias de

enlevo pelos resquícios de humanidade,

as coisas que ainda me sobram,

debaixo dos passos de quem

foge da morte




8 comentários:

  1. O passado, o presente e o futuro, tudo desconhecido.

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    1. Três faces de um mesmo tempo que nos negamos a nós próprios
      Obrigado pela presença

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  2. Quase não há notícias para além das de "sangue repisado e perfumado".
    E nem mesmo o futebol escapa à tendência.
    Continuemos a fugir da morte, por isso...
    Excelente poema, gostei muito.
    Continuação de boa semana, caro Miguel.
    Abraço.

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    1. Obrigado Jaime.
      Sempre uma honra contar com a sua presença e ocmentário.
      Abraço.

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  3. Reconheço no texto carga poética. O homem tem lutado, ao longo dos tempos, por prolongar a vida, mas fugir da morte é desiderato a que a humanidade ainda se não conseguiu furtar.
    Abraço amigo.
    Juvenal Nunes

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    1. Obrigado Juvenal.
      Estas reflexões são dolorosas, mas importantes de serem feitas, de quando em vez.
      Obrigado pela presença

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  4. Vamos deixando pedaços pelos caminhos. Só podemos usufruir do presente e ele não anda auspicioso, nem permite se pense no futuro, embora saibamos que tudo terá fim um dia. Abraço.

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    Respostas
    1. O segredo da ciência da vida varia, de pessoa para pessoa, de sociedade para sociedade
      😊
      Obrigado pela presença

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Acha disto que....

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