2019/12/09

Leitura

já não preciso do
que me leste,
a mansidão de
silêncios estudados,
de escrever sem braços,
e com pernas trémulas,
 fará porventura de mim
o máximo expoente da indecisão,
alcançar a frase com a maresia
a violar-nos os sentidos,
e o ar poluído de todos os dias
a matar as nossas casas,
amedronta-te?,....

talvez fiques bem
como foste antes de,
todos os números
da ausência,
serem os teus indultos
de um prazer negado

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