Hoje foi o último dia em que
do ar,
recitámos a idosa porção de
estar vivo,
voltamos qualquer dia ao parque
de todos os dias,
com os falhados de sempre a passar por
nós,
e a recebermos na cara aquela poeira
que nem sabor tem,...
amanhã não sei se estaremos aqui,
aliás,
prevejo escrever um texto sem tema,
e deixar-to à ilharga da tua porta,
para que leias quando saíres pronta
para a chuva,
e te recordes de mim,
dos dias em que comemos
da mesma partilha,
só para nos avançarmos em
direção ao silêncio,
e à troca indelével de não
ter o que dizer,
em redor da mesma praça
sem nome,
onde ainda te espero