2019/02/15

...chão sem céu

sei de tudo o que viste em mim, 
linhas soltas, 
palavras que o tempo já 
matou,
e que usava num sorriso debruado
a verdade,
sorriso de hoje, 
de aqui,
metaforizado pelo entusiasmo de me sentir cosido a um tesouro, 
de renascimento,
que pintava como um da Vinci analfabeto no teu corpo cistino,...
mas hoje, 
deixou de haver o aqui, 
as palavras,
o som abafado de quadris a baterem em quadris, 
que casava com a morte impoluta da noite,
fazendo filhos que tornamos nossos quando nos abandonâvamos sem corpos,... 
agora o sem palavras,
só com o olhar em frente para 
um chão sem céu


2 comentários:

Acha disto que....